Sargento Petronilio consegue indenização.

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Sargento  Petronilio consegue indenização.

O 2º Sargento PM RR Carlos Alberto Petronilio, 38 anos, pai de 3 filhos, desquitado, e integrante dos quadros da Polícia Militar de Mato Grosso, finalmente vai receber uma indenização pelos severos danos físicos que sofreu depois que recebeu um tiro, quando se encontrava em Brasília, a serviço da Força Nacional de Segurança Pública e foi alvo de assalto.

Como resultado da violenta agressão, Petronilio ficou tetraplégico e teve sua vida familiar desestruturada já que, aposentado pela PMMT na patente de 2º Sargento e sem receber qualquer apoio extra por parte do Estado à qual serve desde 1998, viu seu padrão de vida se esgarçar, dada às crescentes despesas geradas pelos tratamentos necessários à sua recuperação.

Para que Petronilio encarasse com coragem e superasse os desafios que sua nova condição de portador de necessidades especiais lhe impôs, foi muito importante o apoio de familiares, amigos e companheiros de serviço que, articulados em torno da Assoade, acorreram em seu socorro. Muitas de suas despesas médicas foram cobertas graças a rifas e outros atos de solidariedade organizados por este grupo de apoio que nunca lhe faltou.

Mesmo a indenização pelos danos sofridos, que foi pactuada neste mês de março junto à Secretaria de Gestão do Governo de Estado de Mato Grosso,  foi resultado da atuação da assessoria jurídica da Assoade que conseguiu, dessa forma, preciosos recursos para que o 2º Sargento Petronilio possa dar continuidade aos seus esforços de recuperação, notadamente garantindo a cobertura de seus gastos médicos e o pagamento do acompanhante  que o auxilia a tocar sua vida.

Em meio ao descaso quase generalizado do estado para com sua situação, Petronilio destaca o atendimento que vem recebendo no Ambulatório da Polícia Militar, em Cuiabá, onde realiza suas sessões de fisioterapia. “A turma do Ambulatório é bacana, solidária, me trata com muita dignidade. Ao contrário do Estado como um todo que trata militares em situação como a minha como se nós fossemos uma viatura locada, uma mera peça de reposição. Estragou, pega outra e bota no lugar. Acho que não deveria ser assim”, diz ele.

De acordo com o Subtenente Luciano Esteves, presidente da Assoade, o acordo conseguido junto ao Governo do Estado é histórico e marca o primeiro acordo deste tipo celebrado em benefício de um Policial Militar vítima de violência em serviço, seja em Mato Grosso, seja no Brasil.

Assessoria da Assoade.