Militar de Mato Grosso vai representar o Brasil em Mundial de tiro

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Militar de Mato Grosso vai representar o Brasil em Mundial de tiro

Tetracampeão mato-grossense de tiro, o subtenente da Polícia Militar Alberto Molina, será um dos quatro brasileiros no Campeonato Mundial de IPSC, na França

O subtenente da Polícia Militar de Mato Grosso, Carlos Alberto Molina dos Santos, vai representar Mato Grosso e o Brasil no Campeonato Mundial de IPSC (International Practical Shooting Confederation), em agosto, na França. O atleta, que coleciona vários títulos, foi convocado pela Confederação Brasileira de Tiro Pratico (CBTP). Molina integra a equipe dos quatros melhores do Brasil na divisão Production, que usa apenas armas originais de fábrica.

Molina falou à reportagem do Portal Mato Grosso durante seu treino semanal no Clube de Tiro Pantanal, na região do Coxipó do Ouro, em Cuiabá. Quando não está praticando tiro como atleta, o subtenente cumpre jornada de trabalho na Escola Superior de Formação de Praças da PMMT e se diz orgulhoso por representar tanto o Estado, quanto a própria instituição Polícia Militar, em um torneio tão importante quanto o IPSC. “O sonho de todo atleta praticante de tiro é estar na França e a oportunidade é única, já que acontece apenas de três em três anos”, contou.

Segundo Molina, a rotina na Polícia Militar não atrapalha os treinos e foi justamente com muito trabalho que chegou à equipe dos quatro melhores da sua categoria. No IPSC, o 3º lugar do atleta no Campeonato Brasileiro 2016 se juntou ao título de bicampeão brasileiro de IPSC, na Categoria Policial. Habilidoso com a sua pistola 380, Molina também é tetracampeão estadual de tiro na divisão Production. Os atletas de IPSC são organizados em divisões de acordo com o tipo de arma do atirador. São elas: Open, Standard, Classic, Production, Light e Revolver.

O segredo de tanto sucesso, segundo ele, é a soma da dedicação, responsabilidade e do amor pelo que se faz. “Tiro esportivo é tudo pra mim. É como uma terapia que mantem o estresse longe e me ajuda desenvolver reflexos e a manter o controle em situação real quando entra em ação o policial Molina”. Apesar disso, ele deixa claro que o esporte e a profissão são coisas distintas. “Tiro esportivo e tiro policial são coisas bem distantes uma da outra”, explica. Para ficar com a mira no ponto, Molina realiza treinos diários em seco (sem munição) e uma vez por semana treina com tiro real. “Efetuo cerca de 200 disparos, longe do ideal que seriam mil disparos”. O militar destaca que o esporte é oneroso e que vai buscar novos parceiros para estimular ainda mais a modalidade em Mato Grosso. “Temos bons atletas, mas ainda falta patrocínio e um pouco mais de apoio das instituições públicas”.

 A modalidade

O Tiro Prático como esporte se originou no sul da Califórnia (EUA) nos anos 1950. Inicialmente, as provas eram uma mistura de desafios que envolviam sacar a arma rapidamente, vencer ou contornar obstáculos de modo a poder visualizar os alvos. Só em 1976 foi criada a IPSC (International Practical Shooting Confederation) por representantes de nove países.

É considerado um esporte dinâmico e desafiador, que exige que o esportista execute suas habilidades de tiro com velocidade e precisão utilizando armas com potencia ajustadas ao regulamento. Além de o atleta ter que se movimentar muito, a distância e as configurações de cada pista são sempre diferentes.

O atirador precisa conseguir a maior pontuação no menor tempo possível, percorrendo pistas de diferentes cenários. Além de habilidades com a arma, o atleta precisa de condicionamento físico para vencer situações e obstáculos com agilidade e concentração.  a arma deve ser original de fábrica sem alterações e possuir ação dupla para o primeiro disparo. Os calibres mais usados são o 9×19 mm e o 38 Super Auto.

 

Fonte: http://www.portalmatogrosso.com.br/cotidiano/militar-de-mato-grosso-vai-representar-o-brasil-em-mundial-de-tiro/35364